terça-feira, 28 de junho de 2011

Beleza Fugaz                                                                
                                                         Talita S.

Beleza tu és fugaz
Como uma brisa solta no tempo
Delapidando coraçoes
E Rossari embreagando-se com sua beleza


As margens do rio
Deleitava-se com doces e amadeirados toques
Se banhava com o sol,
E embreagava-se com sua beleza


Sua face rubicunda escondia suas lágrimas
Que escorriam com tanta facilidade
E pensou em homiziar-se em uma capela
E se lamentar à Deus por sua existência


Ao findar do dia
Ouve-se sinos fúnebres
E os ventos levam a noticia da falecida
E uma multidão a caminho
Com o cadáver de Rossari.
                   
                                                  

sábado, 7 de maio de 2011



Em Verdade
                                                                       Talita S.                          
Enclina teus ouvidos
E me ouça nessa chuva
Pedaços de tralhas pelas ruas          
E você no meio sem motivo

Se é que existe algo
Deixe-me falar
Se é que você deixa
Apenas me ouça

Gritos e muito panico
Toma conta da cidade
E meus pés se cortam com as lágrimas,
Que derramaram ao chão

Me olhe nos olhos
Me beije
Antes que a escuridão chegue
E eu não consiga te encontrar

Me toque como nunca
Me abraçe, me aperte, acabe de queimar o fogo que acendeste em mim
Mas antes de ir embora, olhe em meus olhos,
E diz que quer, porque se eu for embora, posso nunca mais voltar.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

           Estranheza
                                                                   Talita S.             


E é nesse estranho querer
Que eu te quero
É nesse estranho desejo
Que eu te almejo
Te quero cada vez mais, basta um olhar ou um sorriso
Para me desfazer em chamas, que me consomem cada vez mais
Se eu não soubesse que isso que sinto, se chama saudade
Pensaria que estivesse perdendo uma parte de mim
Seu cheiro contém um magnetísmo tão perverso, que é um castigo ficar longe
Se eu não soubesse que isso é paixão
Pensaria que estivesse loucamente apaixonada
E é nessa estranha paixão, que eu estou apaixonada.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

     Sofrer
                                                           Talita S.


Sofrer é uma palavra forte e inexplicável
Sofrer é sangrar o coração
É matar a alma
Se sufocar com seu próprio ar
Sofrer é entregar-se para o escuro
Deitar nos espinhos que se encontram no caminho
É querer partir sem ao menos se despedir
É entrar na guerra sem saber como se proteger
É correr no escuro, e tropeçar no primeiro obstáculo
Sofrer é algo que não queremos
Mas é também algo que não podemos evitar
É um golpe muito forte e feroz
Nos pega de supresa, nos amassa, nos joga na beira de um abismo
E depois somos jogados de lado
Como objetos inutilizados
Mas logo voltamos, pois nossa força interior,
Nossa vontade de viver é bem maior
Mas temos que lembrar, que nem todos tem a luz.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010


Dias
                                                        Talita S.

O coração que bate
Em meu peito
Está apertado
Derramando lágrimas de sangue

Sombras malígnas
Me atormentam cada vez mais
Estou sentindo uma grande dor
Estou perdendo o meu amor

E assim serão meus dias de inverno
Tristes e sozinha
Apenas com o som do meu silêncio.
Olhos de menina
                                                                        Talita S.

O sol que raiava
Ele se esconde de mim
A lua que me espelho
Ela se apaga na escuridão

As lágrimas da esperança
Rolam no rosto
Um rosto sofrido da injustiça humana

O frio toma conta
                                                                                    
A angústia se lamenta
Por fazer se aflingir tanto
A alma chora
Ao nascer da aurora

O mar está enfuriecido
A tempestade veio atona
A velas se apagam
Em um piscar de olhos
Os olhos de Carmélia.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Um Oceano dentro dum balde
                                                                 TalitaS. e MauroF.                



Sentimentos esquecidos num balde de solidão
Tornam mares corrompidos  os súplicos pelo não
E as marés acrescidas tornam momentos vãos
De encantos, de vida, ambos jogados ao chão

O vento passando pelo chão
Leva consigo vários sentimentos
Sentimentos de angústia, tristeza e aflição
Levando para o mar
O mar da solidão

Uma tristeza vindoura também assopra sentimentos
E as lágrimas tornam dilúvios os olhares atentos;
Sorrisos molhados, ideias secas e vários espantos
Criam um futuro já morto entre outros e tantos

As lágrimas que escorrem pelo rosto
São lágrimas de esperança
Brotando do fundo da alma
A espera da tão sonhada felicidade

Felicidades...Onde estais vós tão sonhadas?
Em desertos, baldes, oceanos ou estradas?
Somos pobres mortais a boiar sob o sentimento
Da eterna busca por algum contentamento

Procurarei até o fim de minha tão sofrida vida
Não descançarei enquanto não lhe achar
Já estou farta dessa saudade que me mata
Deixando-me sem rumo
sem direção

E enquanto soluçar o sino dos tempos idos
Um infinito céu que se apanha pelos dedos
Encobre o mar de dúvidas e o balde de excluídos
Tornando-nos sorridentes aos próprios medos

Nossos estúpidos pensamentos
Nos levam a pensar que nunca iremos sofrer
Um pensamento fútil
Que traz sofrimento na alma
A angústia no coração

Por fim vem alguém e nos chuta o balde
E descobrimos que viver é uma fralde
E mesmo que uma multidão nunca nos deixe sós,
O mar escuro da solidão, tão claro nos pensamentos,
Tão assombrado pelos pormenores dos ventos,
Sempre estará trancado apenas dentro de nós.